sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
Era uma vez um garoto chamado João que vivia com sua mãe numa
casinha bem pobre. A única coisa que possuíam era uma vaquinha leiteira.
Um dia a mãe mandou João vender a vaca, mas no caminho para o mercado o
menino encontrou um estranho.
Estranho: Que vaquinha bonita, você não quer
vendê-la para mim? Eu lhe dou 5 feijões mágicos por ela. João achou que
era um bom negócio e vendeu a vaca, mas quando chegou em casa...
Mãe: Como você é estúpido, não vê que foi enganado? Agora estamos ainda mais pobres.
João: Mas são feijões mágicos mãe.
Mãe: Feijões mágicos? Olhe o que eu faço com esses feijões.
A mulher jogou os feijões pela janela e mandou o João dormir sem
jantar. No dia seguinte ele levantou bem cedinho pensando em procurar o
estranho e recuperar a vaquinha, mas quando saiu de casa...
João: Oh! Olha só isso, um pé de feijão gigante. Os feijões eram mesmo mágicos.
O pé de feijão era a árvore mais alta que alguém já viu, subia tão
alto que atravessa as nuvens e não dava pra ver onde ia parar.
João: Eu vou subir nesta árvore. Se é mágica, deve ter alguma coisa muito boa lá em cima.
E João foi subindo, subindo, tão alto que nem dava mais pra ver sua
casa. Ele sentiu medo, mas estava decidido a ir até o fim. Quando chegou
lá em cima...
João: Que coisa estranha, um castelo.
João caminhou por uma estrada acima das nuvens e chegou a um castelo enorme. Bateu várias vezes, mas ninguém apareceu.
João: Vou entrar pra ver se tem alguém. Nossa, como a porta é pesada. Oi, tem alguém em casa?
Mulher: O que você está fazendo aqui?
Quando olhou pra cima, João viu a mulher mais alta que você pode
imaginar. Ele ficou quase mudo de susto, só conseguia sussurrar.
João: Eu estou perdido, a senhora não tem alguma coisa pra eu comer? Estou faminto.
Mulher: Oh, pobre criança, entre depressa, vou
preparar alguma coisa, mas fique atento porque meu marido come crianças,
se ele chegar se esconda rápido.
Assim que terminou seu lanche, João ouviu um barulhão. O gigante estava chegando.
Gigante: Sinto cheiro de carne humana.
Mas que depressa, a mulher escondeu João dentro do forno.
Gigante: Será que estou sentindo o cheiro de criança?
Mulher: Criança! Você só pensa nisso, vê criança por toda a parte. Sente aqui que eu vou servir o seu jantar.
Enquanto jantava, o gigante bebeu um garrafão de vinho, depois abriu
um baú cheio de ouro e ficou admirando o seu tesouro. De dentro do
forno, João observava tudo. Logo o gigante adormeceu, seu ronco parecia
mais uma trovoada. A mulher foi para o quarto arrumar a cama. João tomou
coragem e pé ante pé foi até o baú.
João: Vou encher minha bolsa com esse ouro, assim
minha mãezinha não vai mais passar fome. Ai, tomara que ele não acorde
senão me engole de uma só vez. Pronto, vou dar o fora daqui.
João voltou pela mesma estrada e desceu pelo pé de feijão. Quando finalmente chegou ao chão, encontrou sua mãe chorando.
Mãe: João, graças a Deus você voltou. Você quer me matar de preocupação? Que espécie de planta é essa? Onde você estava menino?
João: Calma mamãe, uma pergunta de cada vez.
João contou tudo o que tinha acontecido. Com o ouro que trouxe do
castelo eles passaram a viver muito bem, mas com o tempo o ouro acabou e
então João resolveu voltar ao castelo do gigante. Quando chegou lá,
entrou pela cozinha e se escondeu no forno. Logo depois o gigante
chegou.
Gigante: Sinto cheiro de criança.
Mas a mulher não tinha visto nenhuma criança e não deu atenção a seu
marido. Depois de jantar e beber um garrafão de vinho, o gigante colocou
em cima da mesa uma galinha marrom. A galinha ciscou pra lá e pra cá e
botou um ovo de ouro. João esperou o gigante adormecer, pegou a galinha e
correu pra fora do castelo, mas a galinha começou a gritar...
Galinha: Poh, Poh, Poh, Ladrão! Poh, Ladrão!
João: Cale a boca, você vai acordar o gigante.
Dito e feito, com a gritaria o gigante acordou, mas João já estava
longe. Quando chegou em casa, encontrou sua mãe junto ao pé de feijão.
Mãe: O que é isso João? Você arriscou sua vida pra trazer uma galinha?
João: Espere um pouco, você vai ver que galinha maravilhosa.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. João e sua mãe nunca
mais tiveram que se preocupar com a falta de dinheiro e sempre ajudavam
quem estivesse precisando. Mas um dia a mãe de João adoeceu e nenhum
médico encontrou a causa de sua doença e a cada dia ela foi ficando mais
e mais triste.
João: Não sei o que fazer, mas alguma coisa me diz que no castelo do gigante vou encontrar o remédio pra essa doença.
João tremia só em pensar na enorme boca do gigante, mas precisava
salvar sua mãe. Voltou ao castelo e se escondeu dentro de um pote enorme
que estava na cozinha, de seu esconderijo pôde ver o gigante falando
com sua harpa mágica que trazia felicidade a quem a ouvisse tocar. João
esperou o gigante adormecer e foi ver de perto o instrumento.
João: Uma harpa de ouro, tenho certeza que esse som
maravilhoso vai curar minha mãe. Mas assim que ele pegou a harpa ela
começou a gritar.
Harpa: Mestre, Mestre, acorde. Um menino está me levando embora. Mestre.
O gigante acordou e saiu atrás de João. O menino corria como nunca e
desceu pelo pé de feijão o mais rápido que pôde. Enquanto isso, o
gigante procurava João lá em cima nas nuvens. Quando chegou em casa,
João tocou a harpa pra sua mãe e ela sorriu feliz, mas alguém mais ouviu
o som da harpa.
Gigante: Ah! Então esse menino desceu para a terra. Não perde por esperar.
Quando João olhou para o pé de feijão viu que alguma coisa muito pesada estava descendo por ele.
João: Mãe, traga o machado, o gigante está vindo atrás de mim. Depressa, já estou vendo as botas dele.
João cortou o pé de feijão e o gigante caiu no chão. Abriu um buraco
enorme e desapareceu para sempre. A mulher do gigante nunca entendeu
aonde o marido foi parar, mas não ligou muito, ele era tão mal-humorado
que ela achou melhor estar só do que mal acompanhada. A harpa encantada
curou mesmo a mãe de João e eles viveram felizes por muitos e muitos
anos.
João: Graças aos feijões mágicos.
Retirado do site THE LINGUIST
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