domingo, 27 de novembro de 2011

CACHINHOS DOURADOS

História "Cachinhos Dourados"


Era uma vez três ursos. Papai Urso era grandão. Mamãe Ursa era um pouco menor e o bebê Urso era bem pequenininho. Papai Urso tinha uma tigela de mingau grandona. A tigela da mamãe Ursa era um pouco menor e o bebê Urso tinha uma tigelinha. Mamãe Ursa encheu as tigelas com mingau quente. Foram dar uma volta enquanto o mingau esfriava. Então, Cachinhos Dourados chegou e não vendo ninguém na casa, entrou. Vendo mingau, Cachinhos Dourados provou da tigela do papai Urso. Estava muito quente. Aí, provou do mingau da tigela da mamãe Ursa. Estava muito frio. Depois, provou da tigela do bebê Urso. Hum! Estava uma delícia. Comeu tudo!
Cachinhos Dourados foi sentar na cadeira do papai Urso. Era muito alta. Depois, sentou na cadeira da mamãe Ursa. Era muito larga. Então, jogou-se na cadeira do bebê Urso, que se quebrou toda. Cachinhos Dourados ficou com sono e foi deitar-se na cama do papai Urso. Era muito dura. Depois, deitou-se na cama da Mamãe Ursa. Achou macia demais. Então, deitou-se na cama do bebê Urso. Achou-a muito aconchegante. Aí, ela adormeceu. Os três ursos voltaram com fome. — Alguém comeu do meu mingau! Rosnou o papai Urso. — Alguém comeu do meu mingau! Falou a mamãe Ursa. — Alguém comeu do meu mingau! Disse o bebê Urso, e completou: — E comeu tudo! Os três ursos viram que tudo estava fora de ordem. — Alguém sentou na minha cadeira! Rosnou o papai Urso. — Alguém sentou na minha cadeira! — reparou a mamãe Ursa. — Alguém sentou na minha cadeira! Disse o bebê Urso, e completou: — E está toda quebrada! No quarto, papai Urso rosnou: — Alguém deitou-se aqui! E a mamãe Ursa falou: — Alguém deitou-se aqui! E o bebê Urso disse: — Alguém deitou-se aqui e ainda está deitada! De repente, Cachinhos Dourados acordou e viu os três ursos à sua frente. Ficou tão assustada, que saiu correndo para casa. Nunca mais Cachinhos Dourados entrou na casa de outras pessoas sem avisar.

FÁBULA - A Lebre e a Tartaruga

 
Há muitos e muitos anos, no reino da bicharada, vinha uma lebre correndo pelo campo em disparada.

- Eu corro pra lá eu corro pra cá, eu corro pra lá eu corro pra cá, ninguém na floresta me pode vencer, pois igual a mim ninguém pode correr!

No entanto, nesse momento, andando bem sossegada, surgiu dona Tartaruga, caminhando pela estrada.

- Tralalá lá lá lá lá, lá vou eu devagarinho, carregando a minha casa, pelas curvas do caminho!

Mas a lebre era matreira, zombava da tartaruga, cantando dessa maneira:

Lá vem dona tartaruga, vem andando sossegada, vou sair da frente dela pra não ser atropelada!

Porém dona Tartaruga, não gostou da cantoria, pôs a cabeça de fora e berrou com valentia:

- Ora, deixe de ser prosa! Aposto a minha vida como hei de vencê-la numa corrida!

- Aceito o desafio. Amanhã bem cedinho, prometo vir encontrá-la, na curva do caminho.

E saiu em disparada, pra avisar a bicharada.

E assim, na manhã seguinte, bem cedo ao nascer do dia, lá estavam todos os bichos, a torcer com alegria!

O tigre de guarda-chuva, o macaco de cartola, a cobra de saia e blusa e o sapo de camisola.

E em meio do entusiasmo e da alegria geral, rompeu a famosa banda do maestro pica-pau!

E a bicharada gritava numa incontida alegria, quando o macaco apitou, dando início a correria.

A lebre saiu correndo em tamanha disparada e ao fim de poucos instantes, sumiu na curva da estrada.

Entretanto a tartaruga, andava tão devagar, que os bichos em zombaria, começaram a cantar:

Lá vem dona tartaruga, vem andando sossegada, vou sair da frente dela pra não ser atropelada!

E a lebre, onde andará?

Ela que tanto correu, já devia estar de volta! Que foi que lhe aconteceu!

 - Puxa, como estou cansada, porque fui correr assim. A tartaruga a essa hora, deve estar longe de mim. Sabem que mais? - Vou dormir enquanto espero por ela. Depois de correr um pouco, e passar a frente dela.

E a lebre adormeceu, tranquilamente a sonhar. Enquanto isso a tartaruga, foi passando devagar.

Todavia, horas mais tarde, a pobre lebre acordou e vendo a noite cair, apavorada ficou!

- Céus, já está anoitecendo, preciso sair correndo.

E sem pensar em outra coisa, foi saindo em disparada, quando ouviu soar ao longe, o canto da bicharada!

Salve a dona tartaruga, tartaruga destemida, deixou a lebre para trás e venceu a corrida!

Dona lebre só vivia a correr o dia inteiro, porém dona tartaruga, andando chegou primeiro!
FIM 

Ouça o áudio desta história aqui:




MIKAI E KAKÁ - Uma lenda Indígena Brasileira

No Evento "Escola Aberta" do CEMEI Aurora Santoro aqui em Campinas, no ultimo dia 25, tivemos a oportunidade de apresentar quatro histórias (que constam no blog). No primeiro momento contamos a história Maria vai com as Outras e A Lebre e a Tartaruga e, em um segundo momento, Mikai e Kaká que eu estou postando agora e Campo Santo. Foi muito legal ter tido a oportunidade destas apresentações, principalmente Mikai e Kaká que traz uma mensagem muito importante sobre o egoísmo, a inveja e a desigualdade. Confiram a história abaixo e procurem comprar o livro de mesmo nome escrito por Hildebrando Pontes Neto - Editora Ática.




MIKAI E KAKÁ (do site Roteiro das Pedras)

 
Narra a história de um índio chamado MIKAI KAKA de cabelo liso e preto, cor de pele diferente da do branco. Vivia numa aldeia do povo Maxacalino no Vale do Mucuri, às margens do Rio UMBURANAS.

Num rancho sem paredes, os índios mais velhos ensinavam os meninos a rezar, a cantar, a fazer o arco e a flecha, a matar onça e a pintar o corpo com urucum.

Mikai Kaka era diferente. Gostava de nadar e mergulhar. Um dia, resolveu pegar peixes com as mãos, mas estava muito difícil. No tempo desses índios, segundo a lenda, eles falavam com os animais. Um dia, MIKAI encontrou um jacaré de barriga amarela. Conversaram muito e, no meio da conversa, o jacaré resolve ensinar o índio a tecer a rede e depois a pescar muitos peixes com ela. Pescavam juntos e o jacaré dava lhe uma grande ajuda com seu rabo. Tudo o que era pescado repartiam entre si e com todos da aldeia de forma bastante justa. Na aldeia, ninguém passava fome.

Como em quase todas as histórias, quando tudo está indo bem, acontece alguma coisa para atrapalhar. E de fato, um índio invejoso de nome MANHUMÃ pediu o jacaré emprestado para Mikai. Este, embora enciumado, emprestou. Manhumã foi ao rio e pegou um monte de peixes, só que escolheu os menores para o jacaré e ficou com os maiores. Foi uma partilha desigual. O jacaré descontente com a injustiça cometida pelo índio, fugiu. A partir daí, a tribo começou a ter problemas com a falta de alimentação. Mikai procurou o jacaré e nada. Às margens do rio apareceu o criador do seu povo Maxacali que lhe disse qual era a causa dos problemas da tribo e do desaparecimento do jacaré. Tinha sido o egoísmo, a inveja e a deslealdade de Manhumã. Por causa disso ia faltar peixe na aldeia. Mikai compreendeu, então, que o jacaré nunca mais voltaria.

Os índios mais velhos passam para os mais novos os seus valores, os quais devem ser respeitados . Nota-se que são contrários ao egoísmo, à inveja e à deslealdade e o que é mais importante: que o erro de um indivíduo na tribo afeta todos os demais companheiros, por isso todos têm que ser leais e solidários uns com os outros. Nota-se também a liberdade de ser o que se quer como é o caso do índio pescador. A ideologia do índio é contrária da nossa. Para o cristão, a responsabilidade pelos crimes é individual, só um é culpado e castigado. Nas comunidades indígenas todos pagam pelo erro.

Quanto ao jacaré , que ensina o índio a pescar, simboliza, a força bruta, também o papel de sedutor.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

BOCA DO CÉU - Encontro Internacional de Contadores de Histórias



Já podemos ir nos programando para o Boca do Céu 2012, a data e o local já estão definidas, será: de 14 a 20 de maio na Oficina Cultural Oswald de Andrade - Bom Retiro - São Paulo.
Acompanhe mais informações sobre o evento de 2012 no site do evento, que esta sendo atualizado de acordo com  os acordos fechados, lá você encontrará informações sobre:


  • - Programação
  • - Convidados brasileiros e internacionais
  • - Hospedagem para quem vem de outros lugares fora de São Paulo
  • - Oficinas - formas e prazos de inscrição
  • - Espaços de narração com inscrição durante a semana do Boca do Céu
O endereço do site é:
http://www.bocadoceu.com.br/index_home.html


    Assista este vídeo do evento em 2010

    domingo, 20 de novembro de 2011

    sábado, 19 de novembro de 2011

    ERA UMA VEZ - 60 CONTOS PARA LER E RELER

         A Revista Nova Escola nos presenteou com uma página maravilhosa que nos leva ao universo dos contos. São 60 contos que foram publicados nas diversas edições da revista, por autores consagrados e que agora estão disponíveis , gratuitamente, para todos os que quiserem acessar. Os contos são maravilhosos, vale ler. Basta clicar na figura e entrar nesse universo.

    Imagem retirada do Blog: Roedores de Livros

    CONTADORES DE HISTÓRIAS UM EXERCÍCIO PARA MUITAS VOZES

     
        Este é o livro que foi lançado no 10º Simpósio Internacional de Contadores de Histórias - no SESC Copacabana, no inicio deste mês de novembro de 2011. Ele foi organizado por Benita Prieto  que também foi a organizadora do evento. Vale a pena lê-lo. O livro esta repleto de narrativas pessoais onde os autores falam de suas trajetórias e a influência das histórias em suas vidas. Clique na figura e se delicie com as histórias narradas.




    terça-feira, 15 de novembro de 2011

    Turbulence by Antonio Rocha

    segunda-feira, 14 de novembro de 2011

    10º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CONTADORES DE HISTÓRIA - SESC - RIO DE JANEIRO - 11/2011

    No período de 9 a 13 de novembro de 2011, ocorreu no Espaço SESC Copacabana - Rio de Janeiro o 10º Simpósio Internacional de Contadores de História com o tema: Histórias sem fronteiras da nossa língua portuguesa.
    Entre debates, apresentações, oficinas, workshop, maratona e outras atividades, pudemos adentrar no universo da "contação de Histórias" e assim caminhar no mundo mágico da imaginação.
    Representantes de vários estados brasileiros e de outros países estiveram presentes no evento,  nos encantando com suas histórias maravilhosas e  suas experiências marcantes. Foi mágico poder estar com pessoas tão interessantes e especiais.
    Além de aprender com os mestres da "Contação de Histórias", tivemos a oportunidade de participar de oficinas maravilhosas que, com certeza transformaram a nossa concepção de contador.
    Estamos de volta e já estamos programando a nossa ida à próxima edição.

    Participamos das Oficinas:

    Música e Contação de Histórias: Como utilizar essas ferramentas na Educação?



    Expressão Corporal, mímica e voz se unem pra criar um milhão de personagens!


    Contar com o Outro: Uma História para dois.


    A Arte de Memorizar e Contar Histórias.

    Saiba mais sobre o simpósio:

    sábado, 5 de novembro de 2011

    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...