domingo, 24 de junho de 2012

Peter



Oi pessoal, tudo bem???
Estou aqui para apresentar o mais novo integrante da família DoContoaoEncanto. É o meu amigo Peter que chegou na semana passada do Canadá

Seja bem vindo Peter! Que a sua chegada traga muitas felicidades para todos que tiverem o prazer de te conhecer. Principalmente para as crianças, que tenho certeza ficarão apaixonadas pela sua simpatia, beleza e pelas histórias que você com certeza nos brindará.


domingo, 17 de junho de 2012

A PRIMAVERA DA LAGARTA - Ruth Rocha



_Grande comício na floresta! Bem no meio da clareira, debaixo da bananeira!

Dona formiga convocou a reunião. _Isso não pode continuar!

_Não pode não! Apoiava o camaleão.

_É um desaforo. A formiga gritava. _É um desaforo!

_É mesmo. O camaleão concordava.

A joaninha que vinha chegando naquele instante perguntava: Qual é o desaforo, hein?

_É um desaforo o que a lagarta faz!

_Come tudo o que é folha! Reclamava o Louva-a-deus.

_Não há comida que chegue!

A lagartixa não concordava: _Por isso não que as senhoras formigas também comem.

_È isso mesmo! Apoiou o camaleão que vivia mudando de opinião.

_É muito diferente, depois a lagarta é uma grande preguiçosa, vive lagarteando por aí.

_Vai ver que a lagartixa é parente da lagarta. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.

_Parente não! Falou a lagartixa. _É só uma coincidência de nome!

_Então não se meta!

_Abaixo a lagarta! Disse o gafanhoto. _Vamos acabar com ela!

_Vamos sim! Gritou a libélula. Ela é muito feia!

O Senhor Caracol ainda quis fazer um discurso: _É, minhas senhoras e meus senhores, como é para o bem geral e para a felicidade nacional, em meu nome e em nome de todo mundo interessado, como diria o conselheiro Furtado, quero deixar consignado que está tudo errado. Mas como o caracol era muito enrolado, ninguém prestava atenção no coitado.

Já estavam todos se preparando para caçar a lagarta.

_Abaixo a feiúra! Gritava aranha como se ela fosse muito bonita.

_Morra comilona! Exclamava o Louva-a-deus como se ele não fosse comilão também.

_Vamos acabar com a preguiçosa! Berrava a cigarra esquecendo a sua fama de boa vida.

E lá se foram eles, cantando e marchando:

_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.

_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.

Mas, a primavera havia chegado, por toda a parte havia flores na floresta, até parecia festa. Os passarinhos cantavam e as borboletas, quantas borboletas de todas as cores, de todos os tamanhos borboletearam pela mata. E os caçadores procuravam pela lagarta:

_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.

_Um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato.

E perguntavam para as borboletas que passavam:

_Vocês viram a lagarta que morava na amoreira? Aquela preguiçosa, comilona, horrorosa.

As borboletas riam, riam, iam passando e nem respondiam. Até que veio chegando uma linda borboleta.

_Estão procurando a lagarta da amoreira?

_Estamos sim. Aquela horrorosa, comilona.

E a borboleta bateu as asas e falou:

_Pois, sou eu.

_Não é possível! Não pode ser verdade! Você é linda!

E a borboleta sorrindo explicou:

_Toda lagarta tem seu dia de borboleta, é só esperar pela primavera.

_Não é possível, só acredito vendo!

_Venha ver! Isso acontece com todas as lagartas. Eu tenho uma irmã que está acabando de virar borboleta.

Todos correram para ver. E ficaram quietinhos espiando. E a lagarta foi se transformando, se transformando até que de dentro do casulo nasceu uma borboleta.

Os inimigos da lagarta ficaram admirados

_É um milagre!

_Bem que eu falei. Disse o camaleão que já tinha mudado de opinião.

E a borboleta falou: _É preciso ter paciência com as lagartas se quisermos conhecer as borboletas.


Retirada do Blog: BRINCANDO A GENTE APRENDE

 
Material que eu uso para contar essa história, feito com resto de papelão, EVA e tecidos.
Material que eu utilizo para contar essa história
feito de papelão reciclado, resto de E.V.A. e sobras de tecido.

A Gritadeira - Sandra Aymone



Este é o meu projeto para a história da Gritadeira - Sandra Aymone - dentro do projeto Leitura em Campo pela fundação Educar DPaschoal e Monsanto

domingo, 10 de junho de 2012

O Brasil e suas cores

A BOLA DE CRISTAL





Conto de autoria dos irmãos Grimm, traduzido do original por Ruth Salles e Renate Kaufmann.

Era uma vez uma feiticeira que tinha três filhos que se amavam fraternalmente; a velha, porém, não confiava neles, pensando que quisessem roubar-lhe o poder. Transformou, então, o mais velho numa águia, que teve de ir morar no alto de uma montanha rochosa; e, de vez em quando, podia-se vê-lo descrever grandes círculos no ar, para cima e para baixo. O segundo ela transformou numa baleia, que vivia nas profundezas do mar; e só se podia vê-lo quando ele, por vezes, esguichava um forte jato de água para cima. Ambos assumiam sua forma humana apenas duas vezes por dia.
O terceiro filho, temendo que ela também o transformasse num animal feroz, saiu de casa às escondidas. Ora, ele ouvira contar que no Castelo do Sol Dourado havia uma princesa encantada aguardando sua libertação. Todo aquele, porém, que tentasse libertá-la era obrigado a arriscar a vida, e já vinte e três jovens tinham morrido de morte horrível; só mais um poderia tentar, e depois a mais ninguém seria permitido.
Como seu coração nada temesse, tomou o mancebo a resolução de procurar aquele castelo. Vagava ele pelos arredores, já há bastante tempo, sem conseguir encontrá-lo, quando se viu numa grande floresta e não sabia onde era a saída. De súbito, avistou ao longe dois gigantes que lhe acenaram com a mão e, assim que ele se aproximou, disseram-lhe:
- Estamos lutando por causa de um chapéu, para saber a quem deve pertencer; como temos a mesma força, nenhum pode subjugar o outro; os homens pequenos são mais inteligentes que nós, por isso queremos deixar para ti a decisão.
- Como podeis brigar por causa de um chapéu velho? – perguntou o mancebo.
- Tu não sabes as virtudes que ele tem; é um chapéu mágico, e quem o puser na cabeça pode desejar ir aonde quiser e, no mesmo instante, estará lá.
Disse então o mancebo:
- Dai-me o chapéu! Andarei um pedaço do caminho e, quando eu vos chamar, começai a correr; e o chapéu será daquele que me alcançar primeiro.
Pondo o chapéu na cabeça, ele saiu andando, mas, com o pensamento na princesa, esqueceu os gigantes e continuou a andar. Ora, aconteceu que suspirando do fundo do coração, ele exclamou:
- Ah, se eu estivesse no Castelo do Sol Dourado!
Nem bem falara, encontrou-se no cimo de um alto monte, diante dos portões do castelo.
Ele atravessou todos os aposentos, até que no último encontrou a princesa. Mas que susto levou ao olhar para ela: tinha um rosto cor de cinza, cheio de rugas, olhos baços e cabelos vermelhos.
- Sois vós a princesa cuja beleza todo mundo enaltece? – exclamou.
- Ah! – respondeu ela – esta não é minha aparência, os olhos humanos só me podem ver neste feio aspecto; mas, para que saibas como sou, olha neste espelho; ele não se deixa enganar e mostra minha verdadeira imagem.
Ela pôs em sua mão o espelho, onde o mancebo viu refletido o retrato da mais linda donzela do mundo, e viu como, de tanta tristeza, as lágrimas lhe rolavam pelas faces. Então, ele disse:
- Como podeis ser salva? Eu não tenho medo de perigo algum.
Respondeu ela:
- Quem conseguir a bola de cristal e apresentá-la ao feiticeiro quebrará seu poder, e eu retorno à minha forma verdadeira. Ah! – continuou – por causa disso, vários já foram ao encontro da morte, e tu, tão jovem, tenho pena que te exponhas a tão grandes perigos.
- Nada me pode deter – disse ele – mas dizei-me o que devo fazer.
- Saberás de tudo – ela respondeu. – Descendo do monte onde está o castelo, encontrarás embaixo, junto a uma fonte, um touro selvagem, e com ele deves lutar. Se tiveres a sorte de matá-lo, de dentro dele se erguerá um pássaro de fogo, que leva em seu corpo um ovo incandescente, e esse ovo tem como gema a bola de cristal. O pássaro, porém, não solta o ovo senão quando é forçado a isso; e, se porventura o ovo cai no chão, incendeia-se, e queima tudo ao seu redor, e se derrete e, com ele, a bola de cristal; e todo seu esforço terá sido em vão.
Desceu o mancebo à fonte, onde o boi bufava e bramava para ele. Depois de demorada luta, ele o derrubou. Num piscar de olhos, ergueu-se de dentro o pássaro de fogo e quis alçar vôo; mas a águia, que era o irmão do mancebo e que estava voando por entre as nuvens, precipitou-se sobre ele, perseguindo-o até o mar, e bicou-o até que ele deixou que se soltasse o ovo. Este, porém, não caiu no mar e sim sobre uma cabana de pescador situada na margem, a qual logo começou a fumegar, prestes a ser consumida pelas chamas. Ergueram-se então do mar ondas enormes que, inundando a cabana, dominaram o fogo. O outro irmão, que era a baleia, viera nadando e impulsionara para cima a água. Tendo o fogo sido apagado, o mancebo procurou pelo ovo e, por felicidade, encontrou-o. Ele não se havia derretido, mas a casca, devido ao súbito choque com a água fria, rachara-se, e a bola de cristal pôde ser retirada intacta.
Indo o mancebo apresentá-la ao feiticeiro, este lhe disse:
- Meu poder está desfeito e, de hoje em diante, és o rei do Castelo do Sol Dourado. Com isso, também poderás devolver a teus irmãos a forma humana.
Correu então o mancebo ao encontro da princesa e, ao entrar em seus aposentos, ela lá estava em todo o esplendor de sua beleza. E ambos, cheios de alegria, trocaram seus anéis. 

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