domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dando asas à imaginação

Bem contadas, as histórias aguçam a criatividade e aprimoram o poder de concentração das crianças


É difícil resistir a uma boa história, independentemente de quantos anos se tenha. Mas quem a conta precisa dominar a arte de monopolizar as atenções, surpreender, criar suspense e compreender os sentimentos humanos. Levado a outros mundos, o ouvinte aprende a usar a imaginação e melhora sua capacidade de concentração. No caso das crianças, os ganhos são ainda maiores: ouvir histórias é uma troca de afeto. E, claro, garantia de diversão.
Literatura é a história dos sentimentos, diz Gabriel Chalita, ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo e autor de 46 livros. Ele está lançando o título infantil O segredo das quatro letras, em que o personagem principal, Bonifácio, é um contador de histórias que desfia seus casos, alguns tristes, outros alegres, mas todos com intenção de sensibilizar. Contar história ajuda na formação de valores. “Com as histórias, você ganha transversalidade no processo educativo, ao explorar as coisas que não vê, mas imagina”, completa o escritor, que é candidato a vereador em São Paulo. Para Chalita, as histórias auxiliam também na dimensão afetiva, ao colocar educandos e educadores num contato muito próximo.
Não à toa, muitas escolas têm incluído as histórias entre as atividades das crianças. No Jardim Escola Mágico de Oz, em São Paulo, elas fazem parte da rotina diária. “Para nós, formar leitores é muito importante e esse recurso nos ajuda”, diz Fanny Schneider, coordenadora pedagógica. A história faz parte do dia-a-dia da criança, por meio de livros, fantoches e ambientações. “É uma atividade que trabalha o imaginário, a criatividade, a curiosidade, a oralidade, as emoções”, completa. Na Mágico de Oz, como em várias outras instituições de ensino, as crianças são habituadas a levar livros para casa e partilhá-los com os pais.
O uso das histórias em cada faixa etária depende, muitas vezes, apenas da abordagem. Se as crianças são pequenas, a função é formar uma visão de mundo e criar um repertório inicial. Mais tarde, elas ajudam na percepção de elementos complexos, como o suspense e o humor. “Quanto mais variedade for oferecida, melhor para elas”, diz a contadora de histórias Cibele de Lucas Faria. Habilidades como a capacidade de concentração também são favorecidas, porque elementos de linguagem como começo, meio e fim exigem atenção. Também é possível combinar as histórias com outros saberes. Junto com um chef de cozinha, Cibele participa de oficinas no Madame Aubergine Atelier Escola de Cozinha, em São Paulo, em que os pequenos misturam a criatividade nas panelas com a criação de personagens e enredos. “Eles podem não gostar de comer abóbora em casa, mas depois de ouvir histórias com elas e cozinhar com as próprias mãos eles adoram”, conta Cibele.
Mas não é preciso estar na escola para se juntar à roda. A Livraria da Vila, em São Paulo, por exemplo, oferece desde 2003 essa experiência. Recentemente, ela também lançou o Brunch de Histórias, em que é possível degustar um café da manhã ouvindo narrativas. Para os adultos, existe o Degustação de Histórias, que une uma seleção temática do repertório de mais de 600 contos de Ilan Brenner com menu típico elaborado pela chef Carole Crema, inspirado em assuntos como a Índia, chocolate, erotismo ou Grécia, por exemplo.
“As histórias requerem elementos de arte e por isso exigem um aprofundamento técnico do contador”, diz a professora da Universidade de São Paulo (USP) e contadora Regina Machado. Pioneira dessa arte no Brasil, Ela conta que houve um renascimento da tradição em diversos países, simultaneamente, a partir dos anos 1970, e que a moda explodiu, entre outros fatores, graças ao momento atual de abertura ao multiculturalismo. “A alma do ser humano está seca. É preciso regá-la, e as histórias são fonte de boa qualidade. No mundo de hoje, é preciso escutar algo que faça sentido, buscar uma situação de encontro”, acredita Regina. Sob esse prisma, ouvir histórias pode ser uma experiência transgressora.

Veja mais em: ISTO É Independente

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Agradecimento

Hoje estive reunido com já consideradas amigas,  em uma tarde muito agradável, para falar um pouco da minha experiência em contação de história e mostrar alguns materialis que utilizo, quero agradecer às meninas que foram muito atenciosas e em especial a Cássia que cedeu gentilmente o espaço para que o encontro pudesse se realizar.
Obrigado!!!

Aproveito para deixar o link para os sites com sugestões de histórias com conteúdo moral para serem trabalhados  com as crianças carentes.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Oficina de Contação de História

Hoje ministramos uma oficina de contação de histórias na  Nave Mãe João Calmon no Parque Vista Alegre em Campinas. O grupo estava super animado e as meninas estão de parabéns pelo trabalho que já fazem e , pela participação de todas nas  atividades propostas.
Falamos da contação em breve relato, a importância de contar histórias, a adequação das histórias às faixas etárias, o zelo do livro e a fidelidade das histórias entre outros assuntos que foram abordados. Muitas histórias foram contadas inclusive pelas participantes (fotos abaixo). Teve exposição de materiais, músicas, gesticulações e muita alegria.


O Primeiro grupo apresentou a história dos Três Porquinhos, deram um show de criatividade, fazendo as casas usando o material humano.  Fantoches,  mini-palco,  narrador, também foram utilizados.
 

 

O Segundo grupo apresentou uma história, criada na hora,  que falava de uma bruxinha que se negava a ajudar uma menina perdida na mata; a bruxinha foi reprendida  pelo Saci que achou que ela deveria ajudar a menina, no final eles encontram a menina e tudo vira um grande lanche... ...que criatividade. Trabalharam direitinho valores que praticamente estão sendo esquecidos. Usaram fantoches de caixa de leite material confeccionado por uma delas em outro momento, e outros materiais disponíveis.

 



O terceiro grupo utilizou de recursos de áudio para representar o clássico "A Linda Rosa Juvenil", e a criatividade maior ficou nos acessórios que foram feitos de improviso, O Rei ficou hilário... e a bruxa em sua vassoura moderna de piaçava também.

 
 

O Quarto grupo também optou por criar uma história que se não me engano chamava Coragem, um pintainho e seus amigos foram para uma lagoa tomar banho mas chegando lá o pintainho ficou com medo de entrar na água, os amigos ajudaram com palavras de incentivo e no final ele acaba tendo coragem e se entregando ao prazer da brincadeira. Terminaram a história cantando e conclamando todos a cantar e coreografar o Pintinho Amarelinho, também foi um show.


Obs.: Como a história era curtinha pois se destinava  ao publico na faixa etária de um ano e meio a dois, nossa fotografa oficial só conseguiu tirar duas fotos da apresentação, o que não desmerece o trabalho do grupo.




Chapeuzinho vermelho - histórias para ouvir

Avental para contar este Clássico da literatura Infantil.



Tapete versátil e Dom Sapão (O sapo que não lava o pé)


Este tapete eu fiz para contar diversas histórias onde a locação das mesmas seja em uma floresta, que tenha ou não um lago e,  que tenha ou não um Sapo... ...uso a minha imaginação para poder encantar na hora da contação...

Este é o Dom Sapão que na minha versão, não lava o pé na lagoa porque tem frieira e tem consciência de que pode contaminar a água.
OBS.: O molde do Dom Sapão também achei na internet.

Medo do Escuro

Esta é a foto do tapete que eu fiz para contar a história Medo do Escuro que também já foi postada anteriormente no blog.

MARIA VAI COM AS OUTRAS


Peguei o Molde na internet e confeccionei estas ovelhinhas para contar a história da Maria vai com as outras que já foi postado no blog anteriormente. Embora o trabalho ser de um amador (EU), achei que ficaram interessantes.
A Maria, logo da pra ver quem é...

OBS.: Atrás de cada ovelhinha tem um ganchinho que permite passar um palito de madeira para segurá-las  juntas na hora da contação.

METAMORFOSE

Depois de quase um ano que ele foi confeccionado resolvi postar as fotos do livro que eu in titulei de Metamorfose, confeccionado no curso da Cristina Lazaretti em 2010. Espero que gostem!

Capa do Livro.


O Ovo e a Lagarta e o Alimento...

A Lagarta depois de muito comer e o casulo (pupa)...


A borboletinha que nasce do Casulo...
O Jardim onde ela botará novos ovos.

Porque na "Na natureza
as histórias são assim
voltam pro começo
quando chegam no fim"
Trecho da Música

Metamorfose Das Borboletas

Hélio Ziskind