quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Lagartixa que virou Jacaré - Izomar Camargo

Filomeno é uma lagartixa triste porque seu sonho é ser jacaré. Ser grande e forte, botar os implicantes do cachorro Totó e do galo Teteco pra correr, e não uma simples, fraquinha e pequenina lagartixa.Um dia, por meio de um anúncio, Filomeno conhece o Dr. Sapão, cirurgião plástico, que, em poucos minutos de estica- estica, transforma-o, digamos, num "jacaretixa". Mas a felicidade de Filomeno dura pouco, pois no caminho encontra totó e Teteco, que querem fazer picadinho daquela "linguiça falante". Apavorado, Filomeno corre ao Dr. Sapão e pede sua antiga forma de volta. Esta pequena história, simples e divertida, traz os ingredientes básicos para agradar às crianças: personagens do mundo dos animais, situações engraçadas, dinamismo e linguagem descomplicada. Traz também uma reflexão: querer ser o que não somos pode ser um grande engano. (O autor).


Veja o vídeo realizado em 2008 pelos alunos de PSL (Português Segunda Língua) da Escola Americana do Recife. O vídeo é baseado no livro A lagartixa que virou jacaré, escrito por Izomar C. Guilherme.

 

sábado, 12 de janeiro de 2013

A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS




Mais uma história para ler nos slides (Clicando na figura acima )
 ou ver e ouvir pelo Youtube...




MARCELO, MARMELO, MARTELO


Veja o Slide do livro clicando na figura acima
ou ouça história no vídeo abaixo.
Boa diversão!
 



A COLCHA DE RETALHOS



 
Nos finais de semana Felipe vai para a casa da vovó. É uma delícia!
Vovó sabe fazer bolo de chocolate, brigadeiro, bala de coco, pão de queijo... enfim, sabe fazer tudo que Felipe gosta. E lá não tem esse negócio de “hora de comer isso, hora de comer aquilo...hora de brincar, hora de dormir...”
Vovó sabe contar histórias como ninguém.
- Conta mais uma, vovó. Só mais uma!
Vovó coloca os óculos bem na ponta do nariz, faz uma cara engraçada e fala bem fininho e fraquinho, imitando a voz da Chapeuzinho Vermelho, e bem grosso e forte, imitando a voz do lobo mau. Ah! Quem é que não gosta de uma vovozinha assim?
Um dia, quando Felipe chegou à casa da vovó, encontrou uma porção de pedaços de tecidos espalhados pelo chão, perto da máquina de costura onde ela estava trabalhando.
- O que é isso, vovó?
- São retalhos, Felipe. Fui juntando os pedaços de pano que sobravam das minhas costuras e, agora, já dá para fazer uma colcha de retalhos. Vou começar a emendá-los hoje mesmo.
- Posso ajudar, vovó?
- Está bem. Então vá separando os retalhos para mim. Primeiro só os de bolinha, depois os de listrinhas...
Felipe esparramou tudo pelo chão e foi separando-os um a um. Tinha pano de florzinha, de lua e estrela, de bolinha grande e bolinha pequena, listrado, xadrez...
- Olha esse pano listrado, é daquele pijama que você fez para mim quando a gente passou aqueles dias no sítio, lembra?
- É mesmo Felipe, estou me lembrando. Que férias gostosas! Andamos a cavalo, chupamos jabuticaba... As jabuticabeiras estavam carregadinhas!
- E olhe esse pano xadrez, que bonito vovó!
- É daquela camisa que eu fiz para você dar ao seu pai, no dia do aniversário dele. Sua mãe fez um jantar gostoso e convidou todo mundo.
- Ah! Eu me lembro! Veio o tio Paulo, o tio João, a tia Josefina, veio a Cecília e até o Rex, para brincar com o meu cachorro, Apolo. Parece que um deles fez xixi na cozinha e o outro fez cocô no quintal, né?
- Seu pai ficou tão bonito! E assoprou as velinhas, todo vaidoso, de camisa nova.
- É mesmo! Mas ficou bravo com os cachorros.
- Olha, Felipe esse retalho aqui. Não é daquele vestido que eu fiz para a sua mãe ir a uma festa  de casamento? Sabe, quando a sua mãe era pequena eu fazia uma porção de vestidos para ela. E gostava também de bordá-los. Uma vez fiz um vestido cor-de-rosa, inteirinho bordado com a branca de neve e os sete anões. Quando o vestido ficou pronto, ela falou assim:
- Ué, mamãe, está faltando a bruxa!
- Vovó, esse pano azul-marinho está com a cara da Vó Maria.
- Era dela mesmo!
- Vovó Maria mora lá no céu, né? Junto com o vovô Luiz e o meu cachorrinho Apolo... Ué, vovó, você está chorando? O que aconteceu?
- Não, - disse a vovó fungando e limpando o nariz com o lenço – não estou chorando, não.
- Ah! Vovó! Vice não disse que nós somos amigos? Então, me conta o que está acontecendo. Você está triste?
- É saudade, Felipe! É a saudade...
- Saudade dói, vovó?
- às vezes dói. Quando a saudade é de alguém que já foi embora para nunca mais voltar...
- Ah!
- Mas existem outras saudades: de um passeio gostoso, de uma viagem, de uma festa, de um amigo, de uma amiga, de um parente que mora longe...
-Vovó, acho que eu ainda não entendo nada de saudade.
- Eu sei. A gente só entende bem das coisas que já experimentou. Talvez ainda seja muito cedo para você entender dessas coisas...Felipe, me ajuda aqui. Vamos ver como é que está ficando a nossa colcha de retalhos!
- Que bonita, vovó! Um dia você faz uma para mim também?
Depois de algum tempo, Felipe nem se lembrava mais da colcha de retalhos. Um dia, ao voltar da escola...
- Felipe! A vovó mandou uma surpresa para você!
- Uma surpresa para mim? Onde?
- Está lá em cima da sua cama.
Felipe entrou no quarto correndo. A colcha estava sobre a sua cama. Que linda! Mas não era uma colcha como essas que se vende, nas lojas. Cada retalhinho tinha uma história.
Ali, deitado sobre a colcha, Felipe passou algum tempo lembrando-se de uma porção de histórias. Observou um retalho de brim azul...
- Foi quando o papai e a mamãe viajaram de férias e eu fiquei lá na casa da vovó. Um dia, fui subir na jabuticabeira e levei o maior tombo. Ralei o joelho, fiquei com o bumbum dolorido e o short rasgado... que vergonha! Vovó veio correndo lá de dentro. Me pegou no colo com carinho e, depois, nesse mesmo dia, resolveu fazer um short novo para mim. E fez um short deste pano aqui, de brim azul.
De repente, Felipe começou a sentir uma coisa estranha dentro do peito. E aquilo foi aumentando, aumentando... Felipe foi atrás de sua mãe :
- Me leva na casa da vovó?
Não demorou nada e os dois estavam chegando lá na casa da vovó. Tocaram a campainha e ela veio lá de dentro.
- Parece que eu estava adivinhando que você vinha. Fiz um bolo de chocolate, do jeito que você gosta!
- Vovó, vem aqui pertinho. Agora me dá um abraço bem gostoso!
- Aconteceu alguma coisa, Felipe?
- Sabe, vovó... – cochichou Felipe, bem baixinho, no seu ouvido – preciso te contar um segredo: eu acho que já entendi... agora já sei o que é saudade!





 
Click na figura para ver no Picasa: 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

CONTOS AFRICANOS - Rogério Andrade Barbosa

 

Quer ler um bom livro? Basta clicar na imagem e começar.
Boa Leitura!

Retirado do Álbum:                   

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MANIPULANDO BONECOS E FANTOCHES DE MÃO

Manipulando fantoches de mão
Os fantoches de mão são os mais fáceis de manusear para o manipulador iniciante, pois todos os movimentos resultam da forma como o manipulador movimenta o boneco. Antes de você usar o fantoche, trabalhe primeiramente os movimentos das mãos, dos pulsos e dos dedos. Comece com uma simples pantomima (Pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos).
É a arte de narrar com o corpo. Dominando os movimentos básicos, passe para os mais avançado. Para você observar melhor a sua manipulação, coloque a sua frente um espelho quando você tiver segurança com os movimentos básicos passe a manipular o boneco em si. Segue no final desta apostila um quadro com os movimentos básicos.

Manipulando bonecos

Fantoches são bonecos daqueles tipos sem boca, em que as cabeças são feitas de bolas de isopor ou papel marche, em alguns lugares e no meio teatral eles são conhecidos como mamulengos. Esse tipo de boneco é mais conhecido como fantoche, já bonecos definimos estes que são do estilo da televisão ( Cocoricó, TV Colosso, TVE, Muppets, Vila Sésamo, Boneca garrafinha, etc.), por suas bocas serem móveis. Usualmente o movimento possível para esse tipo de boneco é o abrir e o fechar da boca, vamos estudar alguns exemplos para tornar esse movimento mais eficaz.

a - A cabeça do boneco deve ser mantida levemente inclinada para que a platéia possa ver os olhos do boneco.
b - No ato de falar, os movimentos dos dedos e dos pulsos do manipulador devem coincidir com as, palavras do diálogo.
c - Sempre que começar um diálogo termine-o com boca fechada.
d - Ao fazer o boneco dialogar movimente o pulso para ambos os lados para dar movimento ao boneco enquanto este fala.
e - Comece com a própria voz a trabalhar cada consoante do alfabeto. É necessário domina-las primeiro depois partir para os diálogos.

EX:
ALFABETO = PRONÚNCIA
A = a                             B = Be                   C = Ce
D = De                          E = e                     F = Éfe
G = Ge                         H = Agá                  I = i
J = Jota                        K = Cá                   L = Éle
M = Eme                      N = Ene                 O = O
P = Pe                          Q = Que                 R = Erre
S = Esse                        T = Te                    U = u
V = Ve                          W = Dabliu             X = Xis
y = Ipsulom                   Z = Zê

f- Pratique com o boneco recitando frases simples e poemas infantis.
 
Por Exemplo:
                         "Eu vou pra a casa."
                         "Minha boneca é de pano."
                         "Meu jardim é florido."

Cante cantigas de roda somente com a sua voz.
Consiga efeitos diferentes variando a velocidade e o quanto você abrirá a boca do boneco. 
O boneco pode fazer movimento de "sim" ou "não", pratique sempre os movimentos básicos diante de um espelho.
Utilize também CD's com músicas infantis para treinar, dublar e aprimorar a manipulação e a voz.

Retirado da APOSTILA PARA TEATRO DE BONECOS
                                   (Elaborada por Bruno Soares)
                                                From: SCRIBD