sábado, 27 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
As 12 princesas
Do folclore
Do folclore
Era uma vez um rei que tinha doze filhas
muito lindas. Dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto; e
quando iam para a cama, as portas do quarto eram trancadas a chave
por fora. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas
gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém
conseguia descobrir como acontecia isso.
Então, o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse
descobrir o segredo, e saber onde as princesas dançavam de noite,
casaria com aquela de quem mais gostasse e seria o seu herdeiro do
trono; mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e
três noites não o conseguisse, seria morto.
Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à
noite levaram-no para o quarto ao lado daquele onde as princesas
dormiam nas suas doze camas.
Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar; e,
para que nada se passasse sem ele ouvir, deixaram-lhe aberta a
porta do quarto. Mas o rapaz daí a pouco adormeceu; e, quando
acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite,
porque as solas dos seus sapatos estavam cheias de buracos. O
mesmo aconteceu nas duas noites seguintes e por isso o rei ordenou
que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros;
nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma
maneira.
Ora, um ex-soldado, que tinha sido ferido em combate e já não
mais podia guerrear, chegou ao país. Um dia, ao atravessar uma
floresta, encontrou uma velha, que lhe perguntou aonde ia.
— Quero descobrir onde é que as princesas dançam, e assim,
mais tarde, vir a ser rei.
— Bem, disse a velha, - isso não custa muito. Basta que
tenhas cuidado e não bebas do vinho que uma das princesas te
trouxer à noite. Logo que ela se afastar, deves fingir estar
dormindo profundamente.
E, dando-lhe uma capa, acrescentou:
— Logo que puseres esta capa tornar-te-ás invisível e
poderás seguir as princesas para onde quer que elas forem.
Quando o soldado ouviu estes conselhos, foi ter com o rei, que
ordenou lhe fossem dados ricos trajes; e, quando veio a noite,
conduziram-no até o quarto de fora. Quando ia deitar-se, a mais
velha das princesas trouxe-lhe uma taça de vinho, mas o soldado
entornou-a toda sem ela o perceber. Depois estendeu-se na cama, e
daí a pouco pôs-se a ressonar como se estivesse dormindo. As doze
princesas puseram-se a rir, levantaram-se, abriram as malas, e,
vestindo-se esplendidamente, começaram a saltitar de contentes,
como se já se preparassem para dançar. A mais nova de todas,
porém, subitamente preocupada, disse:
— Não me sinto bem. Tenho certeza de que nos vai suceder
alguma desgraça.
— Tola!, replicou a mais velha. Já não te lembras de
quantos filhos de rei nos têm vindo espiar sem resultado? E,
quanto ao soldado, tive o cuidado de lhe dar a bebida que o fará
dormir.
Quando todas estavam prontas, foram espiar o soldado, que
continuava a ressonar e estava imóvel. Então julgaram-se seguras;
e a mais velha foi até a sua cama e bateu palmas: a cama enfiou-se
logo pelo chão abaixo, abrindo-se ali um alçapão. O soldado viu-as
descer pelo alçapão, uma atrás das outra. Levantou-se, pôs a capa
que a velha lhe tinha dado, e seguiu-as. No meio da escada,
inadvertidamente, pisou a cauda do vestido da princesa mais nova,
que gritou às irmãs:
— Alguém me puxou pelo vestido!
—Que tola!, disse a mais velha. Foi um prego da parede.
Lá foram todas descendo e, quando chegaram ao fim, encontraram-se
num bosque de lindas árvores. As folhas eram todas de prata e
tinham um brilho maravilhoso. O soldado quis levar uma lembrança
dali, e partiu um raminho de uma das árvores.
Foram ter depois a outro bosque, onde as folhas das árvores eram
de ouro; e depois a um terceiro, onde as folhas eram de diamantes.
E o soldado partiu um raminho em cada um dos bosques. Chegaram
finalmente a um grande lago; à margem estavam encostados doze
barcos pequeninos, dentro dos quais doze príncipes muito belos
pareciam à espera das princesas.
Cada uma das princesas entrou em um barco, e o soldado saltou
para onde ia a mais moça. Quando iam atravessando o lago, o
príncipe que remava o barco da princesa mais nova disse:
—Não sei por que é, mas apesar de estar remando com quanta
força tenho, parece-me que vamos mais devagar do que de costume. O
barco parece estar hoje muito pesado.
—Deve ser do calor do tempo, disse a jovem princesa.
Do outro lado do lago ficava um grande castelo, de onde vinha um
som de clarins e trompas. Desembarcaram todos e entraram no
castelo, e cada príncipe dançou com a sua princesa; o soldado
invisível dançou entre eles, também; e quando punham uma taça de
vinho junto a qualquer das princesas, o soldado bebia-a toda, de
modo que a princesa, quando a levava à boca, achava-a vazia. A
mais moça assustava-se muito, porém a mais velha fazia-a calar.
Dançaram até as três horas da madrugada, e então já os seus
sapatos estavam gastos e tiveram que parar. Os príncipes
levaram-nas outra vez para o outro lado do lago - mas desta vez o
soldado veio no barco da princesa mais velha - e na margem oposta
despediram-se, prometendo voltar na noite seguinte.
Quando chegaram ao pé da escada, o soldado adiantou-se às
princesas e subiu primeiro, indo logo deitar-se.As princesas,
subindo devagar, porque estavam muito cansadas, ouviam-no sempre
ressonando, e disseram:
—Está tudo bem.
Depois despiram-se, guardaram outra vez os seus ricos trajes,
tiraram os sapatos e deitaram-se. De manhã o soldado não disse
nada do que tinha visto, mas desejando tornar a ver a estranha
aventura, foi ainda com as princesas nas duas noites seguintes. Na
terceira noite, porém, o soldado levou consigo uma das taças de
ouro como prova de onde tinha estado.
Chegada a ocasião de revelar o segredo, foi levado à presença do
rei com os três ramos e a taça de ouro. As doze princesas
puseram-se a escutar atrás da porta para ouvir o que ele diria.
Quando o rei lhe perguntou:
—Onde é que as minhas doze filhas gastam seus sapatos de
noite?
Ele respondeu:
—Dançando com doze príncipes num castelo debaixo da terra.
Depois contou ao rei tudo o que tinha sucedido, e mostrou-lhe os
três ramos e a taça de ouro que trouxera consigo.
O rei chamou as princesas e perguntou-lhes se era verdade o que o
soldado tinha dito. Vendo que seu segredo havia sido descoberto,
elas confessaram tudo.
O rei perguntou ao soldado com qual delas ele gostaria de casar.
—Já não sou muito novo, respondeu, - por isso quero a mais
velha.
Casaram-se nesse mesmo dia e o soldado tornou-se herdeiro do
trono.
Quanto às outras princesas e seus bailes no castelo encantado...
Pelos buracos nas solas dos sapatos, elas continuam dançando até
hoje...
muito lindas. Dormiam em doze camas, todas no mesmo quarto; e
quando iam para a cama, as portas do quarto eram trancadas a chave
por fora. Pela manhã, porém, os seus sapatos apresentavam as solas
gastas, como se tivessem dançado com eles toda a noite; ninguém
conseguia descobrir como acontecia isso.
Então, o rei anunciou por todo o país que se alguém pudesse
descobrir o segredo, e saber onde as princesas dançavam de noite,
casaria com aquela de quem mais gostasse e seria o seu herdeiro do
trono; mas quem tentasse descobrir isso, e ao fim de três dias e
três noites não o conseguisse, seria morto.
Apresentou-se logo o filho de um rei. Foi muito bem recebido e à
noite levaram-no para o quarto ao lado daquele onde as princesas
dormiam nas suas doze camas.
Ele tinha que ficar sentado para ver onde elas iam dançar; e,
para que nada se passasse sem ele ouvir, deixaram-lhe aberta a
porta do quarto. Mas o rapaz daí a pouco adormeceu; e, quando
acordou de manhã, viu que as princesas tinham dançado de noite,
porque as solas dos seus sapatos estavam cheias de buracos. O
mesmo aconteceu nas duas noites seguintes e por isso o rei ordenou
que lhe cortassem a cabeça. Depois dele vieram vários outros;
nenhum teve melhor sorte, e todos perderam a vida da mesma
maneira.
Ora, um ex-soldado, que tinha sido ferido em combate e já não
mais podia guerrear, chegou ao país. Um dia, ao atravessar uma
floresta, encontrou uma velha, que lhe perguntou aonde ia.
— Quero descobrir onde é que as princesas dançam, e assim,
mais tarde, vir a ser rei.
— Bem, disse a velha, - isso não custa muito. Basta que
tenhas cuidado e não bebas do vinho que uma das princesas te
trouxer à noite. Logo que ela se afastar, deves fingir estar
dormindo profundamente.
E, dando-lhe uma capa, acrescentou:
— Logo que puseres esta capa tornar-te-ás invisível e
poderás seguir as princesas para onde quer que elas forem.
Quando o soldado ouviu estes conselhos, foi ter com o rei, que
ordenou lhe fossem dados ricos trajes; e, quando veio a noite,
conduziram-no até o quarto de fora. Quando ia deitar-se, a mais
velha das princesas trouxe-lhe uma taça de vinho, mas o soldado
entornou-a toda sem ela o perceber. Depois estendeu-se na cama, e
daí a pouco pôs-se a ressonar como se estivesse dormindo. As doze
princesas puseram-se a rir, levantaram-se, abriram as malas, e,
vestindo-se esplendidamente, começaram a saltitar de contentes,
como se já se preparassem para dançar. A mais nova de todas,
porém, subitamente preocupada, disse:
— Não me sinto bem. Tenho certeza de que nos vai suceder
alguma desgraça.
— Tola!, replicou a mais velha. Já não te lembras de
quantos filhos de rei nos têm vindo espiar sem resultado? E,
quanto ao soldado, tive o cuidado de lhe dar a bebida que o fará
dormir.
Quando todas estavam prontas, foram espiar o soldado, que
continuava a ressonar e estava imóvel. Então julgaram-se seguras;
e a mais velha foi até a sua cama e bateu palmas: a cama enfiou-se
logo pelo chão abaixo, abrindo-se ali um alçapão. O soldado viu-as
descer pelo alçapão, uma atrás das outra. Levantou-se, pôs a capa
que a velha lhe tinha dado, e seguiu-as. No meio da escada,
inadvertidamente, pisou a cauda do vestido da princesa mais nova,
que gritou às irmãs:
— Alguém me puxou pelo vestido!
—Que tola!, disse a mais velha. Foi um prego da parede.
Lá foram todas descendo e, quando chegaram ao fim, encontraram-se
num bosque de lindas árvores. As folhas eram todas de prata e
tinham um brilho maravilhoso. O soldado quis levar uma lembrança
dali, e partiu um raminho de uma das árvores.
Foram ter depois a outro bosque, onde as folhas das árvores eram
de ouro; e depois a um terceiro, onde as folhas eram de diamantes.
E o soldado partiu um raminho em cada um dos bosques. Chegaram
finalmente a um grande lago; à margem estavam encostados doze
barcos pequeninos, dentro dos quais doze príncipes muito belos
pareciam à espera das princesas.
Cada uma das princesas entrou em um barco, e o soldado saltou
para onde ia a mais moça. Quando iam atravessando o lago, o
príncipe que remava o barco da princesa mais nova disse:
—Não sei por que é, mas apesar de estar remando com quanta
força tenho, parece-me que vamos mais devagar do que de costume. O
barco parece estar hoje muito pesado.
—Deve ser do calor do tempo, disse a jovem princesa.
Do outro lado do lago ficava um grande castelo, de onde vinha um
som de clarins e trompas. Desembarcaram todos e entraram no
castelo, e cada príncipe dançou com a sua princesa; o soldado
invisível dançou entre eles, também; e quando punham uma taça de
vinho junto a qualquer das princesas, o soldado bebia-a toda, de
modo que a princesa, quando a levava à boca, achava-a vazia. A
mais moça assustava-se muito, porém a mais velha fazia-a calar.
Dançaram até as três horas da madrugada, e então já os seus
sapatos estavam gastos e tiveram que parar. Os príncipes
levaram-nas outra vez para o outro lado do lago - mas desta vez o
soldado veio no barco da princesa mais velha - e na margem oposta
despediram-se, prometendo voltar na noite seguinte.
Quando chegaram ao pé da escada, o soldado adiantou-se às
princesas e subiu primeiro, indo logo deitar-se.As princesas,
subindo devagar, porque estavam muito cansadas, ouviam-no sempre
ressonando, e disseram:
—Está tudo bem.
Depois despiram-se, guardaram outra vez os seus ricos trajes,
tiraram os sapatos e deitaram-se. De manhã o soldado não disse
nada do que tinha visto, mas desejando tornar a ver a estranha
aventura, foi ainda com as princesas nas duas noites seguintes. Na
terceira noite, porém, o soldado levou consigo uma das taças de
ouro como prova de onde tinha estado.
Chegada a ocasião de revelar o segredo, foi levado à presença do
rei com os três ramos e a taça de ouro. As doze princesas
puseram-se a escutar atrás da porta para ouvir o que ele diria.
Quando o rei lhe perguntou:
—Onde é que as minhas doze filhas gastam seus sapatos de
noite?
Ele respondeu:
—Dançando com doze príncipes num castelo debaixo da terra.
Depois contou ao rei tudo o que tinha sucedido, e mostrou-lhe os
três ramos e a taça de ouro que trouxera consigo.
O rei chamou as princesas e perguntou-lhes se era verdade o que o
soldado tinha dito. Vendo que seu segredo havia sido descoberto,
elas confessaram tudo.
O rei perguntou ao soldado com qual delas ele gostaria de casar.
—Já não sou muito novo, respondeu, - por isso quero a mais
velha.
Casaram-se nesse mesmo dia e o soldado tornou-se herdeiro do
trono.
Quanto às outras princesas e seus bailes no castelo encantado...
Pelos buracos nas solas dos sapatos, elas continuam dançando até
hoje...
http://www.educacional.com.br/projetos/ef1a4/contosdefadas/12_princesas.html
domingo, 14 de março de 2010
O circo é o lugar mágico que alimenta a fantasia. A riqueza de suas atrações e a arte fanstástica de seus profissionais emocionam pessoas de todas as idades. O dia 27 de março foi escolhido como o dia do Circo em homenagem ao palhaço Piolin nascido, nesta data, em 1897.
Aniversário de palhaço Faísca era um palhaço muito engraçado que vivia em um circo da cidade. Ele fazia muitas palhaçadas para divertir a criançada: virava cambalhota, equilibrava argolas e sabia mágicas também. Ele tinha muitos amigos, além do público, é claro. O engolidor de espadas, o mágico, o domador de leões, a bailarina, o homem do algodão-doce, o pipoqueiro. Todos gostavam do palhaço Faísca e de suas palhaçadas. Quando o domingo chegou, o mágico trouxe a boa notícia: era dia de aniversário no circo. Era o aniversário do palhaço Faísca! Todos ficaram animados e começaram a combinar uma festa-surpresa para ele. Então ficou acertado que durante o espetáculo daquela tarde eles iriam comemorar. Quando Faísca entrou no picadeiro, a criançada logo começou a gritar: -- Palhaço Faísca pula, rola e pisca! Palhaço Faísca pula, rola e pisca! E o palhaço começou seu show: subiu feito foguete na tromba do elefante, pulou na tina de água, rolou na bacia de farinha e engoliu uma régua inteirinha! Virou cambalhota no ar, rodopiou no meio do picadeiro, dançou rock de guarda-chuva e assustou o pipoqueiro. Soltou fogo pela boca, imitando um dragão, equilibrou 20 pratos, 15 copos e 2 maçãs com uma só mão! A garotada ria a valer. Faísca era muito legal. Faísca era sensacional! De repente, os tambores começaram a rufar. A garotada se calou. O que iria acontecer? Foi aí que o domador de leões, a bailarina, o mágico, o engolidor de espadas, o homem do algodão doce e pipoqueiro entraram no picadeiro com seus presentes. Atrás deles, via-se um enorme bolo de chocolate com velas acesas. E quando a turma começou a cantar "Parabéns a você", Faísca começou a chorar de emoção. Chorou tanto que suas lágrimas de palhaço inundaram o picadeiro. Daí, os balões coloridos começaram a cair sobre o público. Eram verdes, azuis, amarelos e vermelhos. Faísca não perdeu tempo com o choro e resolveu fazer palhaçada: com um grande alfinete começou a estourá-los. Foi uma farra geral. Que aniversário sensacional! http://jogos-e-brincadeiras.blogspot.com/ |
sexta-feira, 12 de março de 2010
Veja mais em "CONTANDO HISTORIAS"
Empoleirado em um alto galho de árvore, o galo estava de sentinela, vigiando o campo para ver se não havia perigo para as galinhas e os pintinhos que ciscavam o solo à procura de minhocas.
A raposa, que passava por ali, logo os viu e imaginou o maravilhoso almoço que teria se comesse um deles.
quando viu o galo de vigia, a raposa logo inventou uma historinha para enganá-lo.
- Amigo galo, pode ficar sossegado. Não precisa cantar para avisar às galinhas e os pintinhos que estou chegando. Eu vim em paz.
galo, desconfiado, perguntou:
- O que aconteceu?
As raposas sempre foram nossas inimigas. Nossos amigos são os patos, os coelhos e os cachorros.
Que é isso agora?
Mas a espertalhona continuou:
- Caro amigo, esse tempo já passou!
todos os bichos fizeram as pazes e estão convivendo em harmonia. Não somos mais inimigos. Para provar o que digo, desça daí para que eu possa lhe dar um grande abraço!
O que a raposa queria, na verdade, era impedir que o galo voasse para longe. Se ele descesse até onde ela estava, seria fácil dar-lhe um bote.
Mas o galo não era bobo.
Desconfiado das intenções da raposa, ele lhe perguntou:
- Você tem certeza de que os bichos são todos amigos agora? Isso quer dizer que você não tem mais medo dos cães de caça?
- Claro que não! - confirmou a raposa.
Então o galo disse:
- Ainda bem! Porque, daqui de cima estou avistando um bando que vem correndo para cá.
Mas, como você disse, não há perigo, não é mesmo?
- O que?! - gritou a raposa, apavorada.
- São os seus amigos! Não precisa fugir, cara raposa. Os cães estão vindo para lhe dar um grande abraço, como esse que você quer me dar.
Mas a raposa, tremendo de medo, fugiu em disparada, antes que os cães chegassem.
"Muitas vezes, quem quer enganar acaba sendo enganado. "
Fábula de Jean de La Fontaine
http://www.contandohistoria.com/o_galo_e_a_raposa.htm
Só para começar...
A VELHINHA, A GALINHA E OS OVOS DE PÁSCOA
(Conto Lituano de Nijole Jankute- Tradução livre de Olga Prokopowit)
Numa pequena aldeia, havia uma pequena casa. Nesta casa morava uma velhinha. Ela criava uma galinha e um coelho. A galinha tinha seu ninho embaixo da escada e lá botava seus ovos. O coelho vivia solto pelo gramado que circundava a casa. A galinha cacarejava toda vez que botava um ovo, e a velhinha corria para recolher o ovo que a galinha botava e a alimentava com boa comida.
A velhinha gostava muito da carijó, que tinha a crista vermelha, as patinhas amarelas e as penas coloridas.. Gostava também do coelho, que tinha o lábio partido, as orelhas bem grandes e o pelo branco bem fofinho.
Certo dia, a velhinha escuta a galinha cacarejando tão alto e tão feliz: -- Botei, botei, botei! Até o coelho assustou-se e ficou com as orelhas em pé.
A velhinha desceu bem rápido os degraus da escada, abaixou-se e viu no ninho um ovo bem grande, com manchas multicoloridas. Era tão lindo que ela não cansou de admirá-lo.
Com muito cuidado pegou-o e levou-o para a cozinha. Ficou pensando o que faria com ele. Não podia come-lo, pois era muito bonito e também não podia deixa-lo como enfeite, pois poderia cair e quebrar-se.
O coelho que estava ao seu lado, disse-lhe: --E se der de presente para uma criança? A Páscoa está chegando e com certeza quem recebe-lo ficará muito feliz.
A idéia é boa, respondeu a velhinha, porém para qual criança? Eu conheço tantas. Ela pensou um pouco e exclamou: --Já sei, vou juntar muitos ovos da galinha carijó e depois de pintá-los vou presentear todas as crianças. Saltitando e feliz, o coelho dizia: -- Eu também vou ajudar a pintar. Assim dito, assim feito.
A galinha carijó botou muitos ovos. A velhinha recolheu-os numa cesta de vime e junto com o coelho branquinho, pintou-os. Ficaram tão bonitos. Multicoloridos. Vermelhos, verdes, azuis, amarelos, roxos. Alguns listrados., outros com bolinhas e até com flores. No domingo de Páscoa, a velhinha os colocou numa bela cesta e o coelho branquinho distribuiu-os para todas as crianças da aldeia.
http://www.rumodogirassol.com.br/historiap.htm